Síndrome de Down no século XXI: houve alguma mudança? - Site Japeri Online




Síndrome de Down no século XXI: houve alguma mudança?


Por Coluna NilCultura

No dia 21 de março mais de 40 países comemoram o Dia Internacional da Síndrome de Down. Esta data foi criada pela Organização das Nações Unidas em 2006. Qual o propósito de haver um dia especial para as pessoas com Down? Para chamar a atenção sobre uma condição que afeta, aproximadamente, 1 em cada 700 pessoas no mundo todo e que ainda carrega um preconceito muito grande.

 

O mundo evoluiu e mudou demais nos últimos anos, especialmente neste século que mal começamos.

 

A Síndrome de Down não deve ser considerada como uma doença crônica. É uma condição que tem uma causa genética bem definida, que é a trissomia do cromossomo 21 (ao invés de 2 cromossomos, há 3). Isso faz com que as pessoas apresentem determinadas características físicas e deficiência intelectual.

 

Não obstante — e essa é a grande mudança que houve nos últimos tempos — estas pessoas, quando precocemente estimuladas, preferencialmente desde bebês, podem desenvolver potencialidades que garantem sua inclusão em várias atividades produtivas.

 

A inclusão, por sua vez, abre as portas para uma vida socialmente acolhedora, o que propicia  autonomia e a possibilidade de independência, inclusive econômica. Isso é essencial e muito importante. As pessoas passam a ter uma identidade social.

 

Crianças com Síndrome de Down devem ir para as escolas, aprender a ler, a escrever e ao longo de seu desenvolvimento adquirir o conhecimento de que necessitam para exercer uma determinada profissão.

 

Por isso, quanto maior o número de escolas inclusivas, melhor para todos. Isso mesmo: principalmente para as outras crianças, posto que desde pequenas aprendem a brincar e a estar junto, sem quaisquer tipos de preconceitos. Aprendem, essencialmente, a conviver com a fantástica diversidade humana, que nos torna — todos nós — especiais.

 

No Brasil há instituições como a Apae de São Paulo, que promovem o diagnóstico e a inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual, aí incluídos os que tem Síndrome de Down, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades para favorecer a escolaridade e o emprego apoiad?o. Temos hoje muitas pessoas com Down com atividades produtivas em diversas áreas de atuação.

 

O preconceito é um limite. Fecha portas e impede que se veja e que se entenda a potencialidade de cada pessoa. Vamos apoiar a inclusão das pessoas com Síndrome de Down.